sábado, 28 de maio de 2011

Um lapso

Por longas veredas caminhei firme em vacilantes morros. Pedras, frias, nuas, belas foram postas aos meus pés e até elas me ajoelhei. Tão mais tão longe caminhei, que agora aqui voltei. Eis, abaixo, leitor nossa Realidade, primeiro poema de meu caderno que por tanto tempo deixei guardar a imperfeição que lhe compunha para só agora, derramada tanta tinta, encerrar e padecer em fios e luzes minha inspiração.

Realidade

Decifra-me...
                 ...Ou devoro-te.

Te masco, te cuspo
Te choro, te gozo
Te cago, te suo
Sou-te tu.

Matheus V.
15/04/11