Dormem dóceis sob o solo as cigarras, que em seu sono à sete anos de paz, silencioso sossego dos monges, semeiam o momento justo de sair à luz.
Rompem a rústica terra os reféns que lá residiram em respeitosa paciência, rasgando o útero de pedra encharcada d'água. Buracos de um parto à própria força.
Rompem a rústica terra os reféns que lá residiram em respeitosa paciência, rasgando o útero de pedra encharcada d'água. Buracos de um parto à própria força.
E saindo ao dia já impacientes as cigarras, ditas singelas, gritam incessantemente seu hino ígneo em sítios inflamados. Incríveis sinfonias em ode à vida.
Sina feliz daqueles que nascem somente para celebrar sua união.
Matheus VS
08/10/10
08/10/10
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